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MANEJO DA OBSTRUÇÃO DE JUNÇÃO URETEROPÉLVICA IDENTIFICADA NA HIDRONEFROSE FETAL

 

Resumo:

As anomalias congênitas do trato urinário são responsáveis por grande parte das alterações que levam à insuficiência crônica e falência renal na infância, sendo a mais frequente detectada no diagnóstico pré-natal a hidronefrose associada a alterações urológicas significativas, decorrente das uropatias obstrutivas altas, neste caso a estenose das junções ureteropélvica. (BASTOS et al, 2007).
A obstrução de junção ureteropélvica (OJUP) é a dilatação entre o ureter e a pelve renal, podendo ser diagnosticado tanto no feto quanto no neonato, sendo assim a uropatia mais associada à hidronefrose fetal (OLIVEIRA et al, 2001, p.156). A estenose de JUP é a causa mais frequente de hidronefrose fetal (85-90%). Sendo que a maior ocorrência se dá nos fetos de sexo masculino, e de forma unilateral em 70% dos casos. A junção ureteropélvica é sítio mais comum de obstrução do trato urinário, ocorrendo em um a cada 1.500 nascidos vivos. (BASTOS et al, 2007). O diagnóstico é confirmado pela ultrassonografia quando visualizamos a pelve renal dilatada, e a ectasia dos ductos. Os ureteres, em geral, não são visíveis, a bexiga fetal é normal e a quantidade de líquido amniótico não se altera, principalmente quando o rim contralateral é normal. (BASTOS et al, 2007, p.80).
O tratamento consiste em duas correntes terapêuticas: ultrassom na gravidez, urografia excretora e cintilografia pós natal, ou seja, apenas acompanhamento clínico e laboratorial, porém dependendo da evolução progressiva da dilatação requer correção cirúrgica pós natal (ureteropielostomia e pelvectomia) para preservação da função renal. (BASTOS et al, 2007). Desde então, muitos estudos têm avaliado se a conduta conservadora, não cirúrgica, é segura no manejo da obstrução da junção ureteropélvica, nesses casos, assintomática. (BASTOS et al. 2007, p.82).

Referência Bibliográfica

Livro enviado por:

Fernanda Fagundes Luersen