CONSIDERAÇÕES SOBRE CULTIVARES DE AZEVÉM-ANUAL EM SANTA CATARINA

 

RECH, A. F., Mestre em Zootecnia, Pesquisadora de Nutrição Animal - EPAGRI

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RESUMO

O déficit alimentar recorrente em sistemas pastoris de produção de carne e leite, durante o inverno e a primavera no sul do Brasil, pode ser suprido com forrageiras de clima temperado. O azevém-anual (Lolium multiflorum Lam.) é uma ótima opção para preencher esse vazio forrageiro e proporcionar alta produção animal. Os cultivares de azevém-anual comercializados no Estado de Santa Catarina podem ser divididos em diploides ou tetraploides, variedade westerwoldicum ou variedade itálico. As diferenças entre eles incluem: necessidade de adubação; vigor inicial; relação folha/colmo; tamanho de folha; quantidade de perfilho; produção de matéria seca e qualidade nutricional ao longo do ciclo produtivo; duração do ciclo; tamanho da semente; tolerância à seca; entre outros atributos. Alguns dos cultivares avaliados em pesquisas, como Empasc 304 – Serrana, SCS317 Centenário, SCS316 CR Altovale, KLm 138, INIA Escorpio, Winter Star, Winter Star 3, INIA Titan, INIA Camaro, mostraram ser boas opções para várias regiões de SC. Porém, não existe um cultivar indicado à todas situações e para cada finalidade devem ser analisados: clima; fertilidade do solo; custos de implantação da pastagem; planejamento forrageiro e forma de uso (pastejo contínuo, rotacionado, integração lavoura-pecuária, melhoramento de pastagens, consórcios, fenação); distribuição da produção vegetal e valor nutricional ao longo do ciclo. As seguintes recomendações devem ser atendidas: adubar conforme a necessidade do solo e do cultivar; semear com densidade de 20 - 25kg.ha-1 para cultivo estreme e 15 - 20kg.ha-1 quando consorciado, respectivamente para cultivares diploides e tetraploides (sementes maiores); adaptar gradativamente a flora microbiana ruminal ao novo pasto, evitando problemas digestivos, diarreias e perda inicial de peso; manejar a entrada dos animais em 25cm de altura máxima, evitando perda de forragem, e saída entre 10 - 12cm altura mínima, evitando comprometimento da área foliar e rebrote.

Palavras Chave: Produção Animal. Pastagem. Vazio Forrageiro.

 

CONSIDERATIONS ON ANNUAL RYEGRASS CULTIVARS IN SANTA CATARINA

 

RECH, A. F., M. Sc. of Animal Science, Animal Nutrition Researcher - EPAGRI

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ABSTRACT

The recurrent food deficit in pastoral systems of meat and milk production during winter and spring in southern Brazil can be supplied with temperate forages. Annual ryegrass (Lolium multiflorum Lam.) is a great option to fill this forage void and provide high animal production. The annual ryegrass cultivars commercialized in the State of Santa Catarina can be divided into diploids or tetraploids, westerwoldicum variety or italic variety. Differences between them include: need for fertilization; initial vigor; leaf/stem ratio; sheet size; amount of tiller; dry matter production and nutritional quality throughout the production cycle; cycle duration; seed size; drought tolerance; among other attributes. Some of the cultivars evaluated in research, such as Empasc 304 – Serrana, SCS317 Centenário, SCS316 CR Altovale, KLm 138, INIA Scorpio, Winter Star, Winter Star 3, INIA Titan, INIA Camaro, proved to be good options for several regions of SC. However, there is no suitable cultivar for all situations and for each purpose, the following must be analyzed: climate; soil fertility; pasture implantation costs; forage planning and form of use (continuous, rotational grazing, crop-livestock integration, pasture improvement, intercropping, hay making); distribution of plant production and nutritional value throughout the cycle. The following recommendations must be met: fertilize according to the needs of the soil and cultivar; sow with a density of 20 - 25kg.ha-1 for cultivation on its own and 15 - 20kg.ha-1 when intercropped, respectively for diploid and tetraploid cultivars (larger seeds); gradually adapt the ruminal microbial flora to the new pasture, avoiding digestive problems, diarrhea and initial weight loss; manage the entry of animals at a maximum height of 25cm, avoiding loss of forage, and exit between 10 - 12cm minimum height, avoiding damage to the leaf area and regrowth.

Key Words: Animal Production. Pasture. Forage gap.

Resumo ID 75, enviado por: Ângela Fonseca Rech,

Da instituição: EPAGRI.