OS LIMITES MORAIS DO MERCADO: UMA REFLEXÃO À LUZ DE MICHAEL J. SANDEL

QUINTANILHA, Ariana Miranda, Mestranda em Direito e Desenvolvimento Sustentável, Graduada em Direito, Advogada

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RESUMO

Este trabalho pretende, como objetivo geral, analisar os limites morais e éticos nas práticas mercadológicas através de uma reflexão sobre as questões do dia a dia, buscando entender, especificamente, até que ponto os bem imateriais podem ser vendidos sem que haja a perda do seu efetivo valor; será que tudo pode ser precificado?
O professor Michael Sandel traz questões práticas de vivência nos EUA, desta forma busca-se compreender os limites morais do mercado com a influência da obra “O que o dinheiro não compra” e a análise central envolve situações sobre as quais os valores são incorporados nas diferentes áreas da vida cívica e social, com o objetivo de demonstrar o que pode ou não ser comprado pelo dinheiro.
O Autor nos faz refletir como se dá a ausência de limites do mercado, através de questionamentos se esta é a vida que quer viver e se essas práticas mercadológicas podem continuar sendo ética e moralmente aceitáveis, e traz à tona as seguintes problemáticas: Devemos pagar às crianças para ler livros ou tirar boas notas? É ético pagar às pessoas para testar novos medicamentos de risco ou doar seus órgãos? E partindo dessas problemáticas nos leva a refletir sobre quais são os limites morais dos mercados e se é aqui que querermos estar? Tais indagações fortalecem a investigação do atual artigo para analisar os limites morais e éticos nas práticas mercadológicas.
A extensa lista de exemplos de casos reais trazidas pelo Autor demonstram que, em uma sociedade de mercado, a ausência dos limites morais na atuação daqueles que detém o poder econômico faz com que tudo possa ser transformado em objeto para estar à venda e gerar lucros.
Não há uma resposta definitiva para o estabelecimento dos limites que deveriam ser aceitáveis na influência dos mercados sobre a vida pública. O fato é que os indivíduos não podem continuar sendo considerados como mercadorias, essa lógica os corrompe e degrada a sociedade como um todo.

THE MORAL LIMITS OF THE MARKET: A REFLECTION IN THE LIGHT OF MICHAEL J. SANDEL

QUINTANILHA, Ariana Miranda, Master's student in Law and Sustainable Development, Graduate in Law, Lawyer

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ABSTRACT

This work intends, as a general objective, to analyze the moral and ethical limits in marketing practices through a reflection on everyday issues, seeking to understand, specifically, to what extent immaterial goods can be sold without losing their effective value; can everything be priced?
Professor Michael Sandel brings practical issues of living in the US, thus seeking to understand the moral limits of the market with the influence of the work "What money can't buy" and the central analysis involves situations in which values are incorporated in different areas of civic and social life, with the aim of demonstrating what can and cannot be bought for money.
The Author makes us reflect on how the absence of market limits occurs, by questioning whether this is the life he wants to live and whether these marketing practices can continue to be ethically and morally acceptable, and brings up the following issues: We must pay to children to read books or get good grades? Is it ethical to pay people to test new risky drugs or donate their organs? And starting from these issues, it leads us to reflect on what are the moral limits of the markets and if this is where we want to be? Such inquiries strengthen the investigation of the current article to analyze the moral and ethical limits in marketing practices.
The extensive list of examples of real cases brought by the Author demonstrate that, in a market society, the absence of moral limits in the actions of those who hold economic power means that everything can be transformed into an object to be for sale and generate profits.
There is no definitive answer for establishing the limits that should be acceptable in the influence of markets on public life. The fact is that individuals cannot continue to be considered as commodities, this logic corrupts them and degrades society as a whole.

Resumo ID 135, enviado por: Ariana Miranda Quintanilha,

Da instituição: Centro Universitário Unifacvest.