JUSTIÇA SOCIAL NO GLOBALISMO EM UM PANORAMA PÓS-MODERNO

BEPPLER, Fabiana, Graduada em Direito, Consultora Jurídica

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RESUMO

Por muito tempo acreditou-se que a economia globalizada era a forma mais adequada para oferecer o bem estar e eliminar as desigualdades sociais. A chamada sociedade de risco conferiu poder às empresas transnacionais que por medo de perder mercado acabaram intimidando os governantes a fazer o que a disponibilidade de investimentos exigia, esse movimento foi chamado de hegemonia semântica. Entretanto, com o avanço da humanidade vimos que a globalização não pode significar o abandono de tudo às forças do mercado, e que ela deve vir acompanhada de uma coordenação da política entre estados nacionais soberanos, com o aprimoramento mercadológico financeiro e social. Além disso, no mundo pós moderno a proteção ambiental não representa um impedimento para a sobrevivência da competição global, pelo contrário, é um indicativo decisivo a respeito do poder de concorrência de um país. O trabalho do homem vem se tornando produtivo a um tal ponto que necessitamos cada vez menos do trabalho propriamente dito e precisamos produzir cada vez mais bens e serviços que garantam o engajamento da sociedade civil. Mas para que a atividade comunitária tenha relevância econômica e social ela precisa ter visibilidade política e deve ser remunerada de acordo com a relevância do serviço prestado. Essa atividade comunitária pode tornar as cidades habitáveis, enaltecer o espírito democrático e aumentar a eficácia da energia dispendida além de atrair capital, o que pode contribuir para a superação da barreira da hegemonia cultural com abertura a fronteiras físicas e sociais. Assim, podemos afirmar que não é preciso argumentar contra o estado mundial, tampouco contra o estado de assistência mundial, para que tenhamos o exercício da justiça social no mundo pós moderno, basta organizar e incorporar garantias básicas e fortalecer redes sociais de autoproteção e auto organização e assim veremos a justiça social ser encarada como base fortalecedora do desenvolvimento econômico no globalismo pós-moderno.

SOCIAL JUSTICE IN GLOBALISM IN A POST-MODERN OVERVIEW

BEPPLER, Fabiana, Graduated in Law, Legal Advisor

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ABSTRACT

For a long time, it was believed that the globalized economy was the most adequate way to offer well-being and eliminate social inequalities. The so-called risk society gave power to transnational companies that, for fear of losing the market, ended up intimidating government officials to do what the availability of investments required, this movement was called semantic hegemony. However, with the advance of humanity, we have seen that globalization cannot mean abandoning everything to market forces, and that it must be accompanied by policy coordination between sovereign national states, with financial and social marketing improvement. Furthermore, in the post-modern world, environmental protection does not represent an impediment to the survival of global competition, on the contrary, it is a decisive indicator of a country's competitive power. Man's work has become productive to the point that we need less and less work itself and we need to produce more and more goods and services that guarantee the engagement of civil society. But for the community activity to have economic and social relevance, it needs to have political visibility and must be remunerated according to the relevance of the service provided. This community activity can make cities livable, enhance the democratic spirit and increase the efficiency of the energy expended, in addition to attracting capital, which can contribute to overcoming the barrier of cultural hegemony by opening up physical and social borders. Thus, we can say that it is not necessary to argue against the world state, nor against the state of world assistance, for us to exercise social justice in the postmodern world, it is enough to organize and incorporate basic guarantees and strengthen social networks of self-protection and self-organization and so we will see social justice seen as a strengthening basis for economic development in postmodern globalism.

Resumo ID 107, enviado por: Fabiana Beppler,

Da instituição: Unifacvest.