CINEMATERAPIA: UM ESTUDO DE CASO

 

Rafael Rodrigues Schmitt, Doutorando em Literatura, Mestre em Práticas Transculturais, graduado em Psicologia, Filosofia e Letras. , Professor de Psicologia, UNIFACVEST.

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RESUMO

Este trabalho apresenta uma análise sobre a prática da cinematerapia na clínica psicológica. A prática aconteceu na clínica-escola do Centro Universitário Facvest, na cidade de Lages, estado de Santa Catarina. A prática consistiu em utilizar filmes comerciais de entretenimento como recurso terapêutico dentro de uma proposta interventiva no âmbito do processo psicoterápico. Uma sugestão de filme dada pelo psicólogo para o paciente, que pode auxiliar a trazer à tona emoções escondidas e situações mal resolvidas, promovendo para o paciente um outro olhar sobre os próprios conflitos. O terapeuta seleciona um filme indicado para a queixa específica do paciente, a pessoa assiste e depois discute com o terapeuta as semelhanças que percebeu entre seus próprios conflitos e o filme, e juntos vão esclarecendo sobre o que estava confuso. Na prática a queixa da paciente era de ansiedade. Relatou que os dias para ela eram todos iguais, a carga de trabalho era intensa e tediosa e não percebia um sentido em sua rotina. Sugeri que a paciente assistisse ao filme “Feitiço do tempo” (Groundhog day, EUA, 1993). No filme Bill Murray interpreta Phil Connors, um egocêntrico repórter do tempo em uma rede de TV em Pittsburgh, que durante a abertura do anual “dia da marmota” na cidade de Punxsutawney, encontrasse repetindo o mesmo dia várias vezes. Depois de se deixar levar por todas as formas de perseguições hedonísticas ele começa a reavaliar sua vida e prioridades. Como resultado a paciente se identificou com essa situação dramática e desarmada, distraída e solta pelo caráter de entretenimento do filme, promoveu a exploração da catarse e a liberação de emoções reprimidas. Através dessa reflexão a paciente foi capaz de refletir sobre suas prioridades e interesses, sua auto-estima e satisfação emocional. Colocou-se no lugar da personagem do filme e dessa perspectiva foi capaz de pensar o que faria no lugar dele, e como ela trabalharia suas emoções se passasse por uma situação idêntica.

Palavras Chave: Cinematerapia. Clínica. Catarse.

 

CINEMATHERAPY: A CASE STUDY

 

Rafael Rodrigues Schmitt, Doctorate in Literature, Master in Transcultural Practices, graduated in Psychology, Philosophy and Letters., Professor of Psychology, UNIFACVEST.

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ABSTRACT

This work presents an analysis of the practice of cinematherapy in the psychological clinic. The practice took place at the teaching clinic of the Centro Universitário Facvest, in the city of Lages, state of Santa Catarina. The practice consisted of using commercial entertainment films as a therapeutic resource within an intervention proposal within the psychotherapeutic process. A film suggestion given by the psychologist to the patient, which can help to bring out hidden emotions and unresolved situations, providing the patient with another look at their own conflicts. The therapist selects a film suitable for the patient's specific complaint, the person watches it and then discusses with the therapist the similarities he has noticed between his own conflicts and the film, and together they clarify what was confusing. In practice, the patient's complaint was anxiety. She reported that the days for her were all the same, the workload was intense and tedious and she did not see any meaning in her routine. I suggested that the patient watch the movie “Time Spell” (Groundhog day, USA, 1993). In the movie Bill Murray plays Phil Connors, an egocentric weather reporter on a TV network in Pittsburgh, who during the opening of the annual "groundhog day" in the city of Punxsutawney, found himself repeating the same day over and over again. After getting carried away by all forms of hedonistic pursuits, he begins to reevaluate his life and priorities. As a result, the patient identified with this dramatic and disarmed situation, distracted and released by the entertainment character of the film, promoted the exploration of catharsis and the release of repressed emotions. Through this reflection, the patient was able to reflect on her priorities and interests, her self-esteem and emotional satisfaction. She put herself in the place of the character in the movie and from that perspective she was able to think about what she would do in his place.

Key Words: Cinematherapy. Clinic. Catharsis.

Resumo ID 696, enviado por: Rafael Rodrigues Schmitt,

Da instituição: UNIFACVEST.