PARTICULARIDADES ANESTÉSICAS EM FELINOS: REVISÃO DE LITERATURA

 

RECHE, Ana Maria Pereira, Graduanda em Medicina Veterinária, Acadêmica de Medicina Veterinária

MARTINI, Leticia Kauling, Graduanda em Medicina Veterinária, Acadêmica de Medicina Veterinária

DOS REIS, Rafaela Borba, Graduanda em Medicina Veterinária, Acadêmica de Medicina Veterinária

FARIAS, Felipe Hertzing, Médico Veterinário, Mestre em Ciência Animal, Doutor em Biologia Molecular e Funcional com área de concentração Fisiologia, Pós Graduando em Cardiologia Veterinária, Anestesista Veterinário, Cardiólogo Veterinário e Docente do Curso de Medicina Veterinária, UNIFACVEST

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RESUMO

A anestesia é uma parte fundamental da medicina veterinária, pois permite contenção química e analgesia para a realização de procedimentos, sendo muitas vezes indispensável na medicina felina para um manejo amigável e com redução do estresse do gato. Este trabalho foi realizado através de uma revisão bibliográfica, que teve como objetivo reunir informações sobre particularidades anestésicas em felinos. O organismo felino tem baixa capacidade para glicuronidação hepática, principalmente de medicamentos fenólicos, como o acetaminofeno e o propofol, o que torna a eliminação destes mais lenta e de meia vida prolongada. Felinos possuem menor capacidade de ligação às proteínas plasmáticas, que podem resultar em quadros de intoxicação, uma vez que haverá maior concentração de fármaco livre. Na medicação pré-anestésica os fármacos mais comumente utilizados são os opióides e os agonistas α2-adrenérgicos. Deve-se ter cuidado no momento da intubação em felinos, pois, devido ao tamanho reduzido das vias aéreas superiores e à resposta laríngea à estimulação mecânica, mesmo anestesiado, pode haver traumas nesta região. A anestesia epidural em gatos pode ser realizada, porém, com cautela, visto que exige cuidados para não lesionar a medula, devido ao fato de o cone medular em gatos ser da vértebra L7 à Cd2. Os anestésicos inalatórios, comumente utilizados para a manutenção de anestesia em gatos, permitem ajuste previsível e rápido da profundidade anestésica, e possibilitam recuperação rápida evitando metabolização e excreção de fármacos pelo fígado ou pelos rins, no entanto. Desta forma, é essencial que o profissional tenha conhecimento sobre as particularidades e peculiaridades metabólicas exclusivas da espécie felina, para individualização dos protocolos anestésicos buscando em uma anestesia multimodal e equilibrada, culminando em maior segurança e melhor recuperação do paciente .

Palavras Chave: Anestesia; Felinos; Veterinária.

 

ANESTHETIC PARTICULARITIES IN FELINES: LITERATURE REVIEW

 

RECHE, Ana Maria Pereira, Undergraduate Student in Veterinary Medicine, Academic in Veterinary Medicine

MARTINI, Leticia Kauling, Undergraduate Student in Veterinary Medicine, Academic in Veterinary Medicine

DOS REIS, Rafaela Borba, Undergraduate Student in Veterinary Medicine, Academic in Veterinary Medicine

FARIAS, Felipe Hertzing, Veterinary Doctor, Master of Animal Science, PhD in Molecular and Functional Biology with concentration area Physiology, Postgraduate Student in Veterinary Cardiology, Veterinary Anesthesiologist, Veterinary Cardiologist and Professor at Veterinary Medicine at UNIFACVEST

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ABSTRACT

Anesthesia is a fundamental part of veterinary medicine, as it allows chemical restraint and analgesia for procedures, which may often be essential in feline medicine for a friendly handling and a cat’s stress reduction. This study was carried out through a literature review, with the aim of gathering information about anesthetic particularities in felines. The feline body has a low liver glucuronidation capacity, mostly in phenolic medicines, such as acetaminophen and propofol, making their elimination slower and with a prolonged half-life. Felines have less binding capacity to plasma proteins, which can result in intoxication, since there will be a higher concentration of free drug. In preanesthetic medication, the most commonly used drugs are opioids and α2-adrenergic agonists. Care is required during intubation in cats, because, due to the small size of the upper airway and the laryngeal response to mechanical stimulation, even when anesthetized, traumas may occur in this region. Epidural anesthesia in cats can be performed, but with caution, in order to avoid injuries in the spinal cord, due to the fact that the spinal cone in cats is from the L7 to Cd2 vertebrae. Inhalational anesthetics, commonly used for maintenance of anesthesia in cats, allow predictable and quick adjustment of anesthetic depth, and enable fast recovery by avoiding metabolization and excretion of drugs by the liver or kidneys, however. Therefore, it is essential that the professional has knowledge about the metabolic particularities and peculiarities of the feline species, to individualize the anesthetic protocols, seeking a multimodal and balanced anesthesia, culminating in greater safety and better recovery of the patient.

Key Words: Anesthesia; Felines; Veterinary.

Resumo ID 1457, enviado por: Ana Maria Pereira Reche,

Da instituição: Centro Universitário UNIFACVEST.