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O SER-PARA-A-MORTE E SUA LEITURA A PARTIR DO CONTO “O IMORTAL” DE JORGE LUIS BORGES
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TEIXEIRA, Igor Boito, Graduado em Psicologia, Pós-graduado em Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, Mestre em Práticas Transculturais,., Professor das Disciplinas de Fenomenologia, UNIFACVEST , , , , , , , , |
RESUMO |
A obra de Heidegger pode ser de difícil acesso em uma primeira aproximação. Seu léxico é um novo arranjo da linguagem para que se consiga dizer o que, de acordo com o filósofo, foi esquecido há muito na filosofia e, por este mesmo motivo, a linguagem como se estrutura não dá conta de alcançar o Ser como ele pretendia. Entretanto, em certo momento de sua obra, Heidegger coloca seu pensar junto à poesia, utilizando principalmente os trabalhos de Hölderlin. Percebe que, ao contrário do que se pode esperar, não é o ser humano quem domina a linguagem, embora tente trata-la como instrumento: é a linguagem que é soberana sobre o ente humano. Logo, sua tentativa de criação de um léxico próprio é uma tentativa de entregar-se completamente a isto que domina. Por sua aproximação com a poesia, pode-se compreender que abriu precedente para a literatura em uma aproximação com seus trabalhos. Nestes trabalhos, muitos conceitos vêm à tona e precisam ser sempre retomados; no entanto, há um a que, aqui, se pretende ladear à literatura. O conceito de ser-para-a-morte é um destes mais importantes, pois é um existencial fundamental, isto é, um modo de ser do ente humano engajado em seu destino. Para alcançá-lo, é preciso percorrer um caminho, porém, com este caminho trilhado, alcança-se a dificuldade deste conceito que ora se sobressai. Esta dificuldade pode ser, ao menos um pouco, solapada com o posicionamento em paralelo do conceito de ser-para-a-morte com o conto O imortal, de Jorge Luis Borges. Neste conto o autor argentino expõe a existência (se isto for a existência como Heidegger a concebe) de um ser mortal que se torna imortal. O aventar das possibilidades deste ente infindo permite que se compreenda a profundidade do existencial ser-para-a-morte por colocá-lo frente ao seu oposto que, apesar disso, foi antes um ser-para-a-morte e, portanto, apresenta em si próprio a experiência do existencial postulado pelo filósofo alemão bem como a sua contradição. |
Palavras Chave: Heidegger, Ser-para-a-morte, Jorge Luis Borges. |
BEING TOWARDS DEATH AND ITS READING FROM THE STORY “THE IMMORTAL” BY JORGE LUIS BORGES
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TEIXEIRA, Igor Boito, Graduated in Psychology, Postgraduate in Humanistic and Phenomenological Existential Psychology, Master' Degree in Transcultural Practices,., Professor of the Disciplines of Phenomenology, UNIFACVEST , , , , , , , , |
ABSTRACT |
Heidegger's work can be difficult to access at a first approximation. His lexicon is a new arrangement of language in order to be able to say what, according to the philosopher, has long been forgotten in philosophy and, for this same reason, language as it is structured does not manage to reach Being as it intended. However, at a certain point in his work, Heidegger puts his thinking together with poetry, using mainly the works of Hölderlin. He realizes that, contrary to what can be expected, it is not the human being who dominates the language, although he tries to treat it as an instrument: it is the language that is sovereign over the human being. Therefore, his attempt to create his own lexicon is an attempt to give himself completely to what dominates hem. Due to his approach to poetry, it can be understood that he set a precedent for literature in an approach to his works. In these works, many concepts come to the fore and must always be revisited; however, there is one that, here, is intended to be paired with literature. The concept of being-towards-death is one of the most important, as it is a fundamental existential, that is, a way of being of the human being engaged in his destiny. To reach it, it is necessary to go through a path, however, with this path taken, the difficulty of this concept that now stands out is reached. This difficulty can be, at least a little, undermined by the parallel positioning of the concept of being-towards-death with the tale The immortal, by Jorge Luis Borges. In this tale, the Argentinian author exposes the existence of a mortal being who becomes immortal. The exposition of the possibilities of this infinite entity allows us to understand the depth of the existential being-towards-death by placing it in front of its opposite, which, despite that, was before a being-towards-death and, therefore, presents in itself the existential experience postulated by the german philosopher as well as its contradiction. |
Key Words: Heidegger, Being-towards-death, Jorge Luis Borges. |
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Resumo ID 1084, enviado por: Igor Boito Teixeira, Da instituição: Unifacvest. |